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Iº CURSO LIVRE

HISTÓRIA DA ALIMENTAÇÃO EM PORTUGAL

2 de Setembro a 4 de Novembro de 2022

Centro Interpretativo das Memórias da Misericórdia de Braga

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©Eduardo Reis

Sobre

 

APRESENTAÇÃO

 

Considerada sob vários ângulos, a alimentação é, evidentemente, indispensável à existência humana. A sua definição resulta de um processo cultural de cada povo, com características próprias de cada época e de cada lugar. Em tempo de abundância e, simultaneamente, de escassez ou total privação, os alimentos assumem uma importância acrescida, desde logo por serem imprescindíveis para a satisfação de necessidades básicas do ser humano, mas também por, paradoxalmente, serem usados como arma na disputa política ou em contextos bélicos. Sempre houve quem muito tivesse para se alimentar e quem tivesse de esmolar o pão para sobreviver. Estas diferenças mostram condições sociais muito distintas e materializam até diversas conceções sobre os alimentos e a forma como são conseguidos e usados.

Os alimentos foram assumindo uma forte componente social, ditada pelos rituais instituídos, pelas tradições que se foram gerando e pelos costumes que se foram enraizando. Houve alimentos banidos das dietas alimentares, enquanto outros foram valorizados e associados a processos de cura e de restabelecimento ou a ocasiões ritualizadas e à celebração de datas simbólicas. Diferenças económicas, sociais, religiosas e até de género ditam a existência de dietas variadas e a atribuição de diferentes significados aos alimentos. Tudo isto fez com que a alimentação se tornasse matéria debatida por médicos, antropólogos, historiadores e sociólogos, que, apesar da diversidade de abordagens, coincidem no reconhecimento da sua relevância e imprescindibilidade para a vida humana com qualidade.

Os hábitos alimentares expressam conceções espaciais e temporais, pois as pessoas tendem a consumir os géneros alimentícios produzidos nas suas comunidades e sobre os quais se foram construindo tradições e até identidades, que se traduzem em identificações sensoriais que os fazem associar a tempos e lugares de vida. As suas cores, o seu paladar ou os seus cheiros remetem para memórias individuais, evocativas de passados pessoais. Os alimentos de uma determinada comunidade ou região, pela sua perenidade e tradição, passaram a assumir uma feição patrimonial, que tende a ser cada vez mais valorizada (e.g. dieta mediterrânica), fruto de um processo paulatino e gradual. Com o caminhar dos séculos e os progressos alcançados pela Humanidade, os alimentos venceram fronteiras, as dietas tornaram-se mais diversificadas, sem que fosse posto em causa o processo de patrimonialização da alimentação, que tendeu, aliás, a reforçar-se. Por outro lado, é reconhecida a necessidade de preservar as idiossincrasias gastronómicas num mundo cada vez mais globalizado.

Atualmente, os alimentos representam uma das numerosas contradições que evidenciam a complexidades das sociedades hodiernas. Incompreensivelmente, continuam a escassear em vastas regiões do globo, onde a fome continua a imperar no quotidiano de milhões de pessoas, ao mesmo tempo que o desperdício atinge níveis escandalosos e a Humanidade se debate com enfermidades provocadas pelo consumo excessivo de certos produtos e por dietas ditadas por motivos fúteis e que, muitas vezes, se revelam até contraproducentes para a saúde.

Num debate que se abre à longa duração e à interdisciplinaridade, pretende-se com este curso proporcionar uma viagem na e pela história dos alimentos e da alimentação.

 

OBJETIVOS

  • Conhecer as práticas alimentares portuguesas na longa duração;

  • Reconhecer a importância dos alimentos na existência humana;

  • Conhecer o poder dos alimentos;

  • Conhecer práticas alimentares de diferentes grupos sociais;

  • Distinguir práticas alimentares por género;

  • Conhecer a alimentação da Corte;

  • Caracterizar a alimentação dos dias festivos;

  • Conhecer rituais alimentares;

  • Distinguir hábitos alimentares, tendo em conta a diversidade das regiões;

  • Avaliar a importância da alimentação enquanto prática curativa;

  • Reconhecer a alimentação como parte integrante do património português.

Âncora 1

SESSÕES E CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

 

2 de Setembro

Sessão 1 - Recursos alimentares na Pré-história. Da recolheita à produção de alimentos

Eduardo Ramil Rego

Será discutida a evolução das diferentes práticas de aquisição de recursos alimentares ao longo da Pré-história, bem como os diferentes padrões de consumo.

9 de Setembro

Sessão 2 - A alimentação na época romana

Helena Paula Abreu de Carvalho

 

O objetivo fundamental desta intervenção será o de abordar a questão da alimentação na época romana, partindo de um elenco necessariamente sumário de um conjunto muito vasto de fontes históricas, iconográficas e arqueológicas disponíveis para o estudo do tema. Feita esta síntese, a nossa intervenção centrar-se-á de forma particular no modo como os hábitos e práticas alimentares podem ser trabalhados como meio privilegiado para o estudo das sociabilidades no mundo romano.

 

 

16 de setembro

Sessão 3 - A mesa cortesã avisina: dos alimentos aos cerimoniais

Maria Helena da Cruz Coelho

Nesta lição iremos pôr em destaque a mesa aristocrática, muito em particular a mesa régia de D. João I. Falaremos pois da alimentação e das refeições dos mais altos estratos sociais, do rei, da rainha e dos senhores que compunham a sua corte, que se demarcam profundamente da alimentação e da cozinha da gente comum. Percorreremos os espaços por onde a corte estanciou, e neles nos deteremos para conhecer mais de perto a sua cozinha e mesa. Atentaremos na casa do rei e na da rainha, constituída em 1387, que conhecemos através de arrolamentos dos seus vassalos e oficiais, que nos permitem dar conta do número e função dos oficiais afectos à cozinha e à mesa de D. João I e de D. Filipa de Lencastre. Com a informação de outros documentos, muitos em particular as cartas de quitação, que nos dão a conta das compras efectuadas pelos oficiais régios de objectos de mesa e sobretudo de bens alimentares, poderemos “pôr a mesa” real. E finalmente, na memória das narrações cronísticas, colheremos elementos que nos levam a reconstituir o cerimonial, a etiqueta e o aparato da mesa cortesã e festiva da realeza avisina.

23 de setembro

Sessão 4 - Comida, política e diplomacia na Época Moderna

Isabel Drumond Braga

A presente sessão tem como objetivo enfatizar a articulação entre política, diplomacia e alimentação. Em concreto, visa-se percecionar as políticas abastecedoras e, em especial, a utilização da comida nas práticas diplomáticas, através do envio de presentes, por exemplo de doces, passando pelas refeições ofertadas aos embaixadores estrangeiros em Portugal, durante a Época Moderna

30 de setembro

Sessão 5 -  Celebrações familiares e comensalidade (1800-1950)

Maria Antónia Lopes

Se pensarmos nas celebrações familiares (e não só familiares), concluímos de imediato que o consumo de alimentos em comum – a comensalidade – é absolutamente fundamental. É sobre esse tópico que iremos refletir, selecionando as festas de batismo, casamento, Natal e, ainda, os velórios e funerais, porque também podiam incluir refeições.

Procurar-se-ão as práticas na diversidade social, regional e temporal e propor-se-ão significados para elas.

7 de outubro

Sessão 6 - A Edição de Livros de Receitas de Cozinha e Mezinhas: Projetos e problemas

António Lázaro

Na sequência da identificação de alguns cadernos e livros de receitas de cozinha e de mezinhas, tudo indica, inéditos, pretende-se, seguindo os passos de Isabel Drumond Braga, não só dar a conhecer os contornos do seu projeto de edição como refletir sobre os desafios que este coloca.

21 de outubro

Sessão 7 - No Reinado da Fome e da Gula: receitas de cozinha envoltas em literatura barroca

Anabela Barros

Coexistindo na mesma época e frequentemente também nas mesmas pessoas, a fome e a gula ficaram bem espelhadas na literatura barroca portuguesa, e em particular na poesia. Apresentam-se neste trabalho alguns textos inéditos com amplas referências gastronómicas, que têm circulado manuscritos em cancioneiros de mão e miscelâneas dos séculos XVII-XVIII. Ilustrando as iguarias neles mais frequentemente evocadas, apresentam-se e analisam-se as respetivas receitas a partir de manuscritos portugueses dos séculos XVI-XVIII.

 

28 de outubro

Sessão 8 - Breve história da Nutrição como ciência

Nuno Borges

Acompanhando o desenvolvimento do conhecimento científico ao logo de todo o século XX, as ciências da Nutrição ganharam autonomia desde os anos 20 desse mesmo século.
Inicialmente, a investigação foi desenvolvida com o objectivo de identificar quais os componentes da dieta necessários à nossa sobrevivência (os nutrientes) e, posteriormente, as quantidades mínimas em que cada um deveria estar presente. Curiosamente, muitos destes novos dados foram utilizados para cálculo de rações de combate, no período intranquilo entre as duas guerras Mundiais.
Com o fim da II Grande Guerra, e com o tempo de prosperidade no mundo ocidental que se lhe seguiu, começam a tornar-se evidentes os problemas gerados por uma alimentação desequilibrada, nomeadamente no aumento das doenças cardiovasculares. Cedo se percebeu que a alimentação deveria estar relacionada com este aumento e os estudos pioneiros de Ancel Keys e outros investigadores forneceram as bases científicas para a necessidade de importantes reajustes na nossa dieta para podermos evitar o crescimento dessas, e outras, patologias. Foi também nesta altura que começou a ser estudado o padrão alimentar Mediterrânico. Depois de um debate longo e nem sempre pacífico, foi entendido que era o consumo de gordura, especialmente a gordura saturada, que era o responsável pela doença cardiovascular associada ao padrão alimentar de então, pelo que se seguiram recomendações em muitos países no sentido de diminuir substancialmente o seu consumo.
Já neste milénio, temos assistido ao acumular de uma quantidade prodigiosa de dados científicos obtidos de números cada vez maiores de indivíduos, em todo o Mundo. Tal tem permitido perceber que os alimentos que ingerimos, o contexto em que o fazemos e como os combinamos tem uma influência sobre a nossa saúde que vai muito para lá da mera combinação dos vários nutrientes de que necessitamos, e que foram o foco da investigação no início deste fascinante percurso. Assim, aquilo a que hoje chamamos de Padrões Alimentares constituem uma das vertentes mais exploradas nas ciências da nutrição nos dias de hoje. Entre eles, o reconhecimento do já mencionado padrão alimentar Mediterrânico como um dos mais saudáveis tem sido largamente difundido e corroborado quer por estudos populacionais quer pela investigação mais laboratorial.
O futuro reserva-nos certamente mais caminhos a percorrer: o reconhecimento do papel da microbiota intestinal e das suas relações com a alimentação e a saúde, a exploração do papel da cronobiologia ou a capacidade de individualizar recomendações alimentares e nutricionais com base no perfil genético de cada um são certamente alguns deles.
Não é, pois, difícil de prever que para as ciências da nutrição, os tempos que virão se irão apresentar tão ou mais fascinantes do que os que já percorreu.

4 de novembro

Sessão 9 - Políticas públicas para a promoção da alimentação saudável

Maria João Gregório

(Brevemente disponível)

Âncora 2

 

HORÁRIO E CALENDÁRIO DAS SESSÕES

Dia e Horário

Sexta-feira das 17h30 às19h30

Calendário das sessões

Sessão 1 - 2 de setembro

Sessão 2 - 9 de setembro

Sessão 3 - 16 de setembro

Sessão 4 - 23 de setembro

Sessão 5 - 30 de setembro

Sessão 6 - 7 de outubro

Sessão 7 - 21 de outubro

Sessão 8 - 28 de outubro

Sessão 9 - 4 de novembro

Âncora 8
Âncora 3

 

NOTAS BIOGRÁFICAS

Eduardo Ramil é Doutor em História pelo programa de Arqueologia e Ciências Antigas (Univ. de Santiago de Compostela), Mestre em Museologia e Museus (Univ. Alcalá de Henares). Membro do Grupo consolidado de investigação "Geología Ambiental, Cuaternario y Geodiversidade" (Q-GEO, Univ. de León), e do Committee for Museums and Collections of Archaeology and History (ICMAH-ICOM). Atualmente é professor de pré-história na Univ. de León, na Universidade Nacional de Educação a Distância (UNED) e professor convidado na Univ. do Minho (Instituto de Ciências Sociais), onde leciona disciplinas de pré-história e arqueologia. Diretor do Museu de Pré-história e Arqueologia de Vilalba, dirigiu uma centena de intervenções arqueológicas, é autor de quinze livros e inúmeros artigos de investigação e comunicaçoes sobre pré-história, arqueologia e museologia.

 

 

Helena Paula Abreu de Carvalho é Professora Auxiliar de História Antiga e Arqueologia na Universidade do Minho. Doutorou-se em Arqueologia, especialidade de Arqueologia da Paisagem e do Povoamento, em 2008. Tem sido Professora Convidada em várias universidades europeias (Université Blaise Pascal, Università di Bologna, Institut Català d`Arqueologia Clàssica, Universidade da Coruña, Universidade de Vigo) e brasileiras (Universidade Federal do Espírito Santo, Universidade de S. Paulo, Universidade do Vale de S. Francisco). É investigadora integrada do Laboratório de Paisagens, Património e Território (Lab2PT) e tem integrado de forma regular a equipa de investigação de vários projetos nacionais e internacionais. É autora dos livros The Roman settlement patterns in the Western façade of the Conventus Bracarensis (Oxford: BAR, 2016) e da obra intitulada A centuriação do território de Bracara Augusta, Lab2PT, Universidade do Minho, 2019. Publicou, ainda, numerosos artigos científicos, em Portugal e no estrangeiro, sobre arqueologia da paisagem, organização e morfologia das paisagens rurais, escultura e epigrafia romanas, entre outros temas.

 

Maria Helena da Cruz Coelho é Professora Catedrática aposentada da Universidade de Coimbra e Investigadora Integrada do Centro de História da Sociedade e da Cultura da Faculdade de Letras de Coimbra. É Presidente da Sociedade Portuguesa de Estudos Medievais e Vice-Presidente da Academia Portuguesa da História. Pertence a outras Academias e Comissões nacionais e estrangeiras. É do Conselho Editorial da Imprensa Nacional-Casa da Moeda. Integrou Painéis de Avaliação de História e Arqueologia da A3ES e da FCT. Participa em Projetos de Investigação nacionais e estrangeiros. Leccionou em várias Universidades brasileiras e europeias. Participou em mais de seis centenas de reuniões científicas no país e no estrangeiro (Espanha, França, Itália, Inglaterra, Escócia, Bélgica, Áustria, Alemanha, Grécia, República Checa, Noruega, ex-URSS, USA, Canadá, Brasil, Argentina, Marrocos, Cabo Verde), e publicou mais de trezentas publicações, entre livros, capítulos de livros, artigos, prefácios, recensões, notícias, entradas em Dicionários (alguns traduzidos em russo, espanhol, francês, italiano, inglês e alemão).

Principais áreas de interesse – História Medieval de Portugal, Diplomática, História Política (biografias), História Religiosa, História Económico-Social (Rural e Urbano), História dos Poderes, História da Alimentação, História do Quotidiano.

Recebeu oito prémios da Academia Portuguesa da História e o Prémio Ciência da Fundação Calouste Gulbenkian (1990). Foi agraciada nacionalmente com o Grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (2011).

 

 

Isabel Drumond Braga é Professora associada com agregação da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, na área de História, para onde entrou por concurso público em 1990. Foi professora visitante na Universidade Federal Fluminense (Brasil), na Università di Catania (Itália), na Universidade Federal da Uberlândia (Brasil), e na Universidade Estadual de Londrina (Brasil). Professora do programa Erasmus Plus, na Università degli Studi della Tuscia (Viterbo-Itália), de  2007 a 2015 e da Università degli Studi Internazionali di Roma (UNINT- FIT), desde 2016. Tem desenvolvido investigação e lecionado nas áreas de História Social, História de Género, História Cultural e História das Práticas do Quotidiano, em especial História da Alimentação, das Épocas Moderna e Contemporânea. Membro de diversos projetos de investigação em Portugal, Espanha, Itália e Brasil e orientadora de projetos de pós-doutoramento, doutoramento e mestrado, nas áreas História da Inquisição, da História das Práticas Culturais e da História da Alimentação.

Orcid: http://orcid.org/0000-0002-7035-6497.

Publicações disponíveis em linha: https://ulisboa.academia.edu/IsabelDrumondBraga/

 

Maria Antónia Lopes (lopes.mariantonia@gmail.com), Doutora em História Moderna e Contemporânea pela Universidade de Coimbra, é Professora Associada com Agregação da Faculdade de Letras dessa Universidade, onde dirige o Doutoramento em História, e investigadora do Centro de História da Sociedade e da Cultura, cuja Direção integra. A sua área de investigação é a história social e cultural de Portugal, dos séculos XVI-XIX. Trabalha pobres, presos, doentes, expostos, políticas sociais, obras doutrinais sobre caridade, misericórdias, hospitais, recolhimentos e outras instituições de assistência, imagens e quotidianos de mulheres, biografias régias e aspetos de vida familiar. Publicou dezenas de trabalhos em revistas e obras coletivas em Portugal e no estrangeiro. É autora e coordenadora de vários livros, estando um deles traduzido em Itália, e investigadora em projetos nacionais e internacionais. Parte da sua produção pode ser lida em:

https://coimbra.academia.edu/MariaAntóniaLopes

 

António Manuel Lázaro é Docente do Departamento de História do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, desde 1990, investigador integrado no Laboratório de Paisagens, Património e Território da Universidade do Minho (Lab2PT) e investigador associado do Centro de Humanidades da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e da Universidade dos Açores (CHAM). Licenciado em História (1984), mestre em História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa (1991) pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e doutor em História pela Universidade do Minho (2006), desenvolve a sua investigação em torno da História da Expansão Portuguesa, em particular nas áreas de interação com o mundo Árabe e Islâmico, da edição de fontes, da criptografia histórica e, mais recentemente, começou a dedicar alguma atenção a História da Alimentação.

 

Anabela Barros é Professora Auxiliar no Departamento de Estudos Portugueses e Lusófonos da Universidade do Minho e investigadora do Centro de Estudos Humanísticos, responsável pelo GELA - Grupo de Estudos Luso-Asiáticos. Doutorada em Linguística Portuguesa pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (2008) e Mestre em Linguística Histórica, Linguística Românica e Crítica Textual pela mesma instituição (2000), desenvolve os seus trabalhos de investigação e lecionação no âmbito da Linguística Histórica, da História da Língua Portuguesa, da Filologia e Ecdótica e da Linguística Aplicada, áreas a que se reporta a maior parte dos livros e artigos científicos que tem publicado. Professora universitária desde 1991, tem-se dedicado à edição e estudo de poesia barroca com base na tradição manuscrita, e ainda de códices de épocas e âmbitos diversos, como a História da Alimentação, a História da Economia, a Testamentária, a Historiografia Linguística e a Linguística Missionária. Para além da tradição manuscrita, tem-se entregado à recolha da literatura timorense de tradição oral, para estudo do português de Timor.

Nuno Borges é Licenciado em Ciências da Nutrição pela Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto e Doutorado em Biologia Humana pela Faculdade de Medicina da mesma Universidade.
Atualmente é Professor Associado da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto e Professor Associado Convidado da Escola de Medicina da Universidade do Minho.
É Presidente do Conselho Científico da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto.
É Director da Revista Acta Portuguesa de Nutrição desde a sua fundação e Presidente da Comissão Científica do Congresso de Nutrição e Alimentação desde há várias edições.
É ou foi investigador em vários projetos científicos e é autor de cerca de 100 artigos científicos em revistas com arbitragem por pares.

Maria João Gregório é Nutricionista especialista em Nutrição Comunitária e Saúde Pública, licenciada em Ciências da Nutrição e doutorada em Ciências do Consumo Alimentar e Nutrição pela FCNAUP. É Diretora do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) da Direção-Geral da Saúde. Ponto focal do Ministério da Saúde para as áreas da alimentação saudável, nutrição e obesidade da OMS e da Comissão Europeia. É também Professora Auxiliar da FCNAUP.

BIBLIOGRAFIA SUCINTA

Geral

 

Byrd, M. & Dunn, J. P. (Eds.). (2020). Cooking through History: A Worldwide Encyclopedia of Food with Menus and Recipes. Santa Barbara, California: Greenwood.

Carneiro, H. (2003). Comida e Sociedade: Uma História da Alimentação (4.ª edição). Rio de Janeiro: Elsevier.

 

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Portugal

 

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Braga, I. M. R. M. D. (2004). Do Primeiro Almoço à Ceia: Estudos de História da Alimentação. Sintra: Colares Editora.

 

Braga, I. M. R. M. D. (2006). Os menus em Portugal: para uma história das artes de servir à mesa. Lisboa: Chaves Ferreira.

 

Braga, I. M. R. M. D. (2015). Sabores e Segredos: receituários conventuais portugueses da Época Moderna. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra.

 

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Quitério, J. (2015). Bem Comer & Curiosidades. Lisboa: Documenta.

 

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Rêgo, M. (Ed.). (1998). Livros Portugueses de Cozinha (2.ª edição). Lisboa: Biblioteca Nacional.

 

Santos, M. J. A. (1997). A alimentação em Portugal na Idade Média. Fontes. Cultura. Sociedade. Coimbra: Inatel.

 

Soares, C. & Macedo, I. C. (Eds.). (2014). Ensaios sobre Património Alimentar Luso-Brasileiro. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra.

 

Soares, C. & Pinheiro, J. (Eds.). (2016). Patrimónios Alimentares de Aquém e Além-Mar. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra.

 

Soares, C. & Ribeiro, C. da S. G. (Eds.). (2019). Mesas Luso-Brasileiras: Alimentação, Saúde e Cultura (2 vols.). Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra.

 

Soares, C. & Coelho, M. H. da C. (Eds.). (2020). Sabores da Escrita. Coimbra: Câmara Municipal de Coimbra.

 

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Veloso, C. (1992). A alimentação em Portugal no século XVIII nos relatos dos viajantes estrangeiros. Coimbra: Minerva.

Âncora 4

 

INSCRIÇÃO

Âncora 5

 

ORGANIZAÇÃO

COMISSÃO DIRETIVA

Bernardo Reis

Carlos Valério

Marta Lobo

Alexandra Esteves

António Lázaro

 

 

COMISSÃO CIENTÍFICA

Bernardo Reis

Carlos Valério

Marta Lobo

Alexandra Esteves

António Lázaro

 

 

COMISSÃO ORGANIZADORA

Bernardo Reis

Carlos Valério

Marta Lobo

Alexandra Esteves

António Lázaro

Manuela Machado

Carla Xavier

António Pereira

Âncora 6

CONTACTO

​Centro Interpretativo Memórias da Misericórdia de Braga
 

email:cimmb.praio@scmbraga.pt

Palácio do Raio
Rua do Raio
4700-920
Braga

+351 253 206 520

HORÁRIO
Ter - Sáb: 10:00 - 13:00 | 14:30 - 18:30

Âncora 7
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